Forças macedônias atacam rebeldes

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Por Agencia Estado
Atualização:

Forças do governo macedônio lançaram nesta quinta-feira uma ofensiva contra rebeldes de etnia albanesa em resposta às mortes de dois soldados em uma emboscada que refletiu a escalada das tensões na Macedônia. O exército e a polícia lançaram um contra-ataque "para eliminar o terrorismo albanês" e ordenaram a evacuação de habitantes de 11 vilas próximas à cidade de Kumanovo. Segundo o porta-voz do exército, Blagoja Markovski, muitas pessoas deixaram suas casas, mas os rebeldes mantinham outras como "escudos humanos" contra tropas do governo. Ali Ahmeti, chefe político do rebelde Exército de Libertação Nacional, disse que houve conflitos nas vilas em torno de Kumanovo e que os habitantes locais que não deixaram suas casas estavam se protegendo em abrigos subterrâneos. Segundo Ahmeti, "os rebeldes tomaram todas as medidas para proteger a população civil". "Todas as nossas forças estão em suas posições e estão lutando para prevenir que as forças do governo penetrem em nossas linhas", afirmou. A televisão macedônia informou que o exército estava usando "todos os meios possíveis" contra os insurgentes, incluindo helicópteros. Líderes rebeldes acusaram o governo de bombardear indiscriminadamente as vilas de Slupcan e Vaksince, no norte da Macedônia. Gjorgji Trendafilov, um porta-voz militar, afirmou que as forças de segurança decidiram-se pelos ataques depois da morte dos soldados por rebeldes na fronteira com a província iugoslava de Kosovo. As forças de segurança estavam retornando de uma patrulha na fronteira quando foram atingidas por balas em Vaksince, a cerca de 5 quilômetros da fronteira ao norte de Skopje. Dois soldados foram mortos e, segundo Trendafilov, um terceiro foi seqüestrado durante o ataque. Um comando conjunto da polícia e do exército apelou para que os rebeldes abandonem suas armas e cessem de usar civis como "escudos humanos". No final do dia desta quinta-feira, um toque de recolher foi imposto em toda a área de Kumanovo. Os rebeldes emitiram um comunicado conclamando o governo a iniciar conversações para impedir um banho de sangue ou "talvez uma guerra civil". O governo macedônio, no entanto, recusa-se a negociar com os rebeldes, que são vistos como terroristas tentando forjar um Estado albanês.

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