MOSCOU - O Ministério da Defesa da Rússia afirmou nesta quinta-feira, 12, que a bandeira do regime sírio foi hasteada em Duma, o que representa a conquista total da região de Ghouta Oriental, localizada a leste de Damasco. O governo sírio ainda não anunciou oficialmente a conquista da área.
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"Aconteceu hoje um momento significativo na história da Síria. A bandeira do regime foi hasteada sobre um edifício na localidade de Duma. A presença da bandeira do governo significa o controle desta localidade, por consequência, de toda Ghouta Oriental", disse o general Yuri Yevtushenko, comandante do Centro Russo para a Reconciliação das Partes em Guerra na Síria.
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Canais de televisão russos exibiram imagens de comemorações em meio aos edifícios destruídos pelos bombardeios e uma bandeira hasteada sobre um prédio não identificado.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que unidades da polícia militar russa iniciaram seu trabalho em Duma nesta quinta-feira. "A partir de hoje, as unidades da polícia militar das Forças Armadas russas trabalham na cidade de Duma. São a garantia da lei e da ordem na localidade", afirmou o órgão em um comunicado.
Os militares russos indicaram que a situação em Duma caminha para a normalidade e 166.644 pessoas foram retiradas da cidade por corredores humanitários.
Rebeldes
Os últimos rebeldes da cidade de Duma entregaram suas armas pesadas, ao mesmo tempo que seu líder deixou a região e seguiu para o norte do país, informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"Os combatentes do grupo Yaish al Islam entregaram suas armas pesadas à polícia militar russa em Duma na quarta-feira", afirmou o OSDH. Seu líder, Isam Buwaydani, deixou a cidade no mesmo dia e chegou a uma zona rebelde do norte do país.
A retirada aconteceu depois do acordo anunciado no fim de semana com o regime para a saída dos últimos rebeldes de Duma, poucas horas depois de um suposto ataque químico na cidade. Milhares de combatentes do Yaish al-Islam e civis foram levados para regiões da Província de Alepo controladas pela oposição. / AFP