26 de março de 2009 | 17h10
O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta quinta-feira, 26, uma resolução que condena a "difamação da religião" como sendo uma violação dos direitos humanos, apesar da preocupação de que isso possa ser usado como justificativa para coibir a liberdade de expressão em países islâmicos.
O texto, sem caráter compulsório, foi proposto pelo Paquistão em nome dos Estados islâmicos e recebeu 23 votos a favor e 11 contra, com 13 abstenções.
Governos ocidentais e uma ampla aliança de grupos ativistas manifestaram perplexidade com a proposta, que se soma a outros esforços para ampliar o conceito de direitos humanos, de modo a proteger comunidades de crentes, em vez de indivíduos.
Falando pela Organização da Conferência Islâmica, que tem 56 membros, o Paquistão disse que é preciso obter um "delicado equilíbrio" entre a liberdade de expressão e o respeito às religiões.
A resolução diz que minorias islâmicas enfrentam intolerância, discriminação e violência desde os atentados de 11 de setembro de 2001 contra os EUA, e que isso inclui leis e medidas administrativas que estigmatizam pessoas religiosas.
(Reportagem adicional de Stephanie Nebehay)
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