30 de novembro de 2012 | 00h23
As entidades, sindicatos e organizações não governamentais responsáveis pela organização das atividades esperam a presença de 8 mil pessoas no evento - criticado por entidades judaicas em razão da utilização de espaço e logística fornecidos pelo governo do Rio Grande do Sul.
"A nossa luta somente terminará quando o Estado da Palestina se tornar uma realidade", afirmou, durante o encontro, o embaixador palestino no Brasil, Ibrahim al-Zeben.
Para Al-Zeben, o objetivo do fórum é o reconhecimento e respeito dos direitos internacionais de um Estado palestino.
'Discussão civilizada'. "Estamos a favor dos israelenses e a favor dos palestinos. Queremos discutir de forma civilizada a situação do povo palestino de maneira solidária, para não dar nenhum pretexto para aqueles que não querem uma Palestina livre", salientou Al-Zeben.
O Brasil é um dos mais de 140 países que, em todo o mundo, reconhecem o Estado palestino e a representação em Brasília já tem status de missão diplomática desde 10 de dezembro de 2010.
O Comitê do Estado da Palestina foi fundado em São Paulo em agosto de 2010 e é integrado por 58 entidades e instituições, partidos políticos e as seis centrais sindicais. Todo ano, ele promove atividades em apoio à admissão do Estado da Palestina como 194.º membro das Nações Unidas.
O fórum teve início oficialmente ontem, com uma concentração no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre.
O diplomata Al-Zeben qualificou de "uma forma de convivência não civilizada" os últimos conflitos na região, que já vitimaram centenas de pessoas. "Lançar ataques aéreos não é uma forma civilizada de responder. Não queremos ser bombardeados. Lutamos por uma convivência pacífica, harmônica e de paz."
O documento de referência do fórum, que deve pautar a maior parte dos debates, defende o direito do povo palestino a resistir à ocupação e ao "apartheid"; o fortalecimento de uma campanha global de boicote, desinvestimento e sanções contra Israel; proteção aos refugiados palestinos em outros países até que possam exercer o direito de voltar aos seus lares; defesa dos direitos dos palestinos na Jerusalém ocupada; e libertação dos prisioneiros palestinos em Israel, entre outros itens.
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