Fotógrafo italiano seqüestrado no Afeganistão é libertado

Gabriele Torselo foi seqüestrado em outubro na cidade de Lashkargah

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Por Agencia Estado
Atualização:

O fotógrafo italiano Gabriele Torsello, seqüestrado em 12 de outubro em Lashkargah, no Afeganistão, foi libertado nesta sexta-feira, segundo confirmação do Ministério de Exteriores italiano. A libertação do fotógrafo, que não ocorreu após pagamento de resgate, segundo as autoridades italianas, tinha sido anunciada anteriormente pela organização humanitária "Emergency" através do site da agência de notícias italiana Peacereporter. Segundo a agência de notícias, os seqüestradores de Torsello ligaram às 13h (6h em Brasília) para o hospital em que a "Emergency" tem em Lashkargah dizendo onde poderiam encontrar o fotógrafo. Torsello está com os enviados do Governo italiano que viajaram ao Afeganistão para liderar as negociações, mas o ministério não informou para onde o jornalista foi levado. O fotógrafo, que reside há anos em Londres e trabalha por conta própria, foi capturado em 12 de outubro por cinco homens armados enquanto viajava de ônibus por Lashkargah, capital da província de Helmand, onde há uma grande presença de Taleban. O ministro de Exteriores italiano, Massimo D´Alema, expressou em nota seu agradecimento os membros dos serviços de informação Sismi por seu trabalho no processo de libertação do fotógrafo. Fontes do ministério afirmaram que "não houve pagamento de resgate". O fotógrafo, que há alguns anos se converteu ao Islã, tinha dado sinais de vida na quinta-feira. O sinal foi o primeiro depois de dez dias, quando Torsello se comunicou por telefone com o hospital da "Emergency" em Lashkargah. Durante a conversa, o fotógrafo relatou que estava bem, mas perguntou quanto duraria seu seqüestro e quem eram os Seqüestradores. Torsello também perguntou por seu filho e pediu que o levassem "para sua avó", o que levou os jornalistas a acreditarem que era uma indicação às autoridades italianas para encerrar as negociações. Os seqüestradores de Torsello, em um primeiro momento, pediram a libertação de Abdul Rahman, o afegão convertido ao cristianismo que recebeu asilo político na Itália em março de 2006, mas depois mudaram a reivindicação, exigindo a retirada das tropas italianas.

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