Fox diz que seu governo foi ´humanista, democrático e ético´

Presidente mexicano cederá o poder a Felipe Calderón em 1º de dezembro

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do México, Vicente Fox, assegurou nesta segunda-feira que exerceu os seis anos de seu mandato com princípios "humanistas, democráticos e da ética política", admitindo acertos e, ao mesmo tempo, "erros e insuficiências". O governante mexicano faz estas declarações num texto intitulado "Reflexões ao término do mandato", divulgado 18 dias antes de entregar o cargo. No documento, ele faz uma avaliação de seu governo, destacando a necessidade de trabalhar mais e assegurando que a "tarefa nunca termina". No texto, que se assemelha a um testamento político, Fox despede-se "dos fios do poder" e aponta que o documento é parte de um processo democrático. Ele afirma que o período de transição "é aproveitado pelos que se sentiram afetados diante dos atos de governo ou que, futuramente, buscam posições vantajosas. Para estes dois tipos de atores, é a oportunidade de prejudicar a liderança do governo e seus atos, sem passar por uma crítica objetiva. É compreensível que isso ocorra". Fox assegurou que seu governo abriu espaços ao exercício da democracia entre os cidadãos. No entanto, disse estar convencido que de que um longo processo de aprendizagem democrática deve ocorrer no país, advertindo sobre a necessidade de uma reforma profunda da ordem jurídica e do sistema de justiça para "acabar com leis obsoletas, assim como regularizar muitos campos que leis estão suficientemente normatizados". Fox afirmou que seu governo desenvolveu uma política social em favor de todos os mexicanos e uma política econômica responsável para um "desenvolvimento estável e com rosto humano". Ele defendeu a livre expressão das idéias - "nem a mordaça ou a censura vão comigo" - e afirmou que sempre foi respeitoso aos que pensam de modo diferente e das críticas feitas a ele. Em 1º de dezembro, Fox cederá o poder a seu correligionário Felipe Calderón, do Partido Ação Nacional (PAN), que venceu as eleições realizadas no dia 2 de julho.

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