Fracassa tentativa de Abbas de dissolver governo do Hamas

Nesta terça-feira termina prazo dado por Abbas ao Executivo do Hamas para que se comprometa a respeitar acordo de princípios em torno da criação de governo unificado

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, não conseguiu convencer os membros do Comitê Central de seu partido, o Fatah, a autorizar uma dissolução do governo liderado pelo Hamas, que seria substituído por um gabinete de tecnocratas. A agência de notícias palestina Ma´an cita fontes palestinas que confirmaram informações divulgadas pela imprensa árabe. Segundo as fontes, Abbas tentou negociar um acordo entre os membros do Comitê Central do Fatah, em Amã, para dissolver o governo do Hamas e formar um de tecnocratas para superar a atual crise. No entanto, o jornal árabe internacional al-Hayat, editado em Londres, afirma que "os membros do comitê rejeitaram a idéia e insistiram em analisar a opção de formar um governo de união nacional, o que provocou o cancelamento da reunião". O Fatah divulgou um comunicado no qual se diz que a reunião de seu Comitê Central foi adiada até a festividade do Aid-al-Fitr, que encerra o mês sagrado muçulmano do Ramadã, por razões de segurança nacional. Segundo fontes palestinas citadas pela Ma´an, a reunião foi adiada devido às divergências entre o chefe do birô político da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Farouk Qadumi, e o presidente Abbas. Qadumi disse que o novo governo não deveria necessariamente cumprir as exigências da comunidade internacional. Abbas considerou as afirmações como uma adoção da posição do Hamas, que até o momento se nega a reconhecer Israel. Fontes palestinas disseram que nesta terça-feira termina o prazo de duas semanas dado pelo presidente palestino ao Executivo do Hamas para que se comprometa a respeitar um acordo de princípios em torno da criação de um governo de união nacional. Caso contrário, Abbas dissolverá o Parlamento e convocará eleições antecipadas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.