18 de março de 2011 | 05h16
PARIS - A França confirmou nesta sexta-feira, 18, que participará da operação militar contra o regime líbio de Muamar Kadafi após a resolução do Conselho de Segurança da ONU, e que ela ocorrerá "em algumas horas".
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"Os ataques começarão rapidamente", afirmou o porta-voz do governo francês, François Baroin, que em entrevista à emissora RTL sublinhou que "os franceses naturalmente serão coerentes" com a posição sustentada nos últimos dias e "participarão" da operação.
Baroin não quis dar detalhes sobre o momento, a forma e os objetivos militares operação, mas afirmou tratar-se de "uma intervenção que não é uma ocupação, mas um dispositivo militar para proteger o povo líbio".
Questionado sobre a possibilidade de negociar com Kadafi, o porta-voz francês respondeu que, conhecendo-o, não tem certeza que "seja possível entrar em negociação com esse ditador terrorista e sanguinário, haja o que houver".
Baroin insistiu que "é necessário reconhecer o papel potente" do presidente francês, Nicolas Sarkozy, para alcançar a resolução da ONU que autoriza a operação militar contra o regime líbio.
Ele recordou que a França foi o primeiro país que se pronunciou pela saída de Kadafi do poder, o primeiro a reconhecer os opositores do Movimento Nacional de Transição Líbio e "o que organizou o movimento da comunidade internacional".
Baroin reconheceu a decepção das autoridades francesas com a posição da Alemanha, que se absteve de votar na resolução, e pela impossibilidade de alcançar um acordo na semana passada para que o Conselho Europeu se pronunciasse a favor da intervenção militar.
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