12 de julho de 2017 | 15h42
PARIS - A França vai criar 12,5 mil novas vagas de acolhida para os requerentes de asilo e refugiados nos próximos dois anos, anunciou nesta quarta-feira, 12, o primeiro-ministro, Édouard Philippe, durante a apresentação de um plano para lidar com o fluxo maciço de imigrantes.
O premiê ainda deixou claro que os imigrantes que não obtiveram o estatuto de refugiado serão expulsos "sistematicamente". "Os imigrantes econômicos devem entender que não é possível receber todos em nosso país.”
No total, o governo do presidente centrista, Emmanuel Macron, irá criar 4 mil vagas em 2018 para os requerentes de asilo e 3,5 mil em 2019, que vão se somar às 5 mil criadas no mesmo período para os refugiados.
"Nós não estamos à altura do que deve ser a França" em termos de acolhida de refugiados e requerentes de asilo, admitiu Philippe.
O objetivo, explicou ele, é "reduzir significativamente o tempo de tramitação" dos pedidos de asilo. Em 2016, o prazo era de 14 meses e o objetivo é diminuir para 6, conforme anunciado por Macron. Segundo dados oficiais, em 2016 a França recebeu 85 mil pedidos de asilo.
Com o plano, o governo francês também busca acabar com o ciclo de reassentamento sistemático dos acampamentos informais nas ruas de Paris. Na sexta-feira, 2,8 mil pessoas foram retiradas de um acampamento formado no norte da capital, mas na segunda-feira mais de 200 imigrantes já haviam se restabelecido no local. / AFP
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