França e Rússia elogiam discurso mas defendem solução pacífica

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Por Agencia Estado
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A França aprovou a intenção dos Estados Unidos, exposta no discurso do presidente George W. Bush, de apresentar mais evidências de que o Iraque esconde armas de destruição em massa e possui ligação com grupos terroristas. O ministro de Relações Exteriores Dominique de Villepin disse estar satisfeito com a decisão norte-americana. O ministro não indicou, no entanto, mudança na posição da França, que defende solução pacífica e a utilização da força em última instância. "A responsabilidade da comunidade internacional é grande: a escolha entre a guerra ou a paz; e não trata-se de uma escolha que possa ter feita levianamente", afirmou. "A França assumiu uma posição clara desde o início e posso dizer que a imensa maioria da comunidade internacional não apenas entende esta posição, mas dela partilha; portanto, permaneceremos fiéis aos nossos princípios: respeitar a lei, respeitar a moral", disse Villepin. O ministro afirmou que estará presente à reunião de 5 de fevereiro do Conselho de Segurança, quando Washington deve apresentar as evidências contra o Iraque. Rússia A Rússia considerou positiva o tom austero utilizado pelo presidente George W. Bush em relação ao terrorismo no discuso à Nação e afirmou estar pronta para ouvir as novas evidências norte-americanas contra o Iraque, disse o Ministro das Relações Exteriores do país. No entanto, Alexander Yakovenko reiterou a posição russa favorável a uma solução diplomática para a crise e a continuidade das inspeções no Iraque. Ontem, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a Rússia poderá endurecer sua posição se Bagdá não colaborar com os inspetores de armas. O ministro porém reforçou hoje: "Como antes, não vemos fundamento para a utilização da força militar". "O potencial para uma acordo político e diplomático não foi exaurido e acreditamos que os inspetores devem ter a chance de continuar seu trabalho", disse Yakovenko. "Apoiamos a tese de que a contenção do terrorismo, da proliferação de armas de destruição em massa e de outras ameaças globais necessite do esforço combinado de toda a comunidade internacional", disse o Ministro. As informações são da Dow Jones.

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