
13 de agosto de 2014 | 09h48
PARIS O governo da França anunciou nesta quarta-feira, 13, que vai fornecer armas "nas próximas horas" aos líderes curdos do Iraque. A informação foi confirmada por comunicado do Palácio do Eliseu publicado há instantes. Horas antes, três ex-primeiros-ministros, François Fillon, Alain Juppé e Jean-Pierre Raffarin, haviam exortado o presidente François Hollande a "responder às urgências humanitárias do Iraque".
A atitude segue a decisão do premiê britânico David Cameron, e tem o apoio da Itália. Paris diz levar em consideração a "situação catastrófica à qual a população da região do Kurdistão iraquiano está enfrentando". "A fim de responder às necessidades mais urgentes expressas pelas autoridades regionais do Kurdistão, o chefe de Estado decidiu, em acordo com Bagdá, que fornecer armas nas próximas horas", informou a nota do Palácio do Eliseu, publicado no início da tarde, horário europeu.
O governo francês também reiterou seu apoio ao primeiro-ministro Haidar Al-Abadi, que ainda negociação a formação de um gabinete, e pediu "a mobilização da comunidade internacional". A França pretende desempenhar um papel ativo ao fornecer, em ligação com seus parceiros e com as novas autoridades iraquianas, toda a assistência necessária", frisou a nota.
Coincidência ou não, a alta comissária das Relações Exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, convocou pela manhã uma reunião extraordinária de chanceleres dos países do bloco, segundo um de seus porta-vozes. Entre os temas a serem debatidos estão ajuda humanitária e o combate aos jihadistas do Estado Islâmico (EI), além é claro da entrega de armas aos líderes curdos.
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