PUBLICIDADE

França pressiona Síria a aceitar 300 observadores

Por AE
Atualização:

Ativistas disseram nesta quarta-feira que tropas sírias dispararam morteiros e fizeram disparos de metralhadora no subúrbio de Damasco que foi visitado várias vezes por observadores da ONU, o que gerou pedidos para que a missão internacional permaneça em locais com forte presença opositora para evitar ataques do regime. Segundo os ativistas, 29 pessoas foram mortas nesta quarta-feira na Síria, incluídas 12 na província de Hama. A França levantou hoje a perspectiva de uma intervenção militar na Síria. O governo francês disse que a trégua negociada por Kofi Annan está "seriamente comprometida" e que a Organização das Nações Unidas (ONU) precisa ampliar rapidamente a missão de observadores de 13 para 300. Juppé aventou a hipótese de intervenção militar se o governo sírio não permitir que a missão de observadores da ONU seja ampliada rapidamente de 13 para 300."As coisas não vão bem na Síria, o plano de Annan está fortemente comprometido mas ainda existe a chance de mediação, sob a condição de que sejam enviados rapidamente 300 monitores", disse o ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé. Segundo ele, o dia 5 de maio, quando Annan apresentará seu segundo relatório sobre o conflito sírio, será o "momento da verdade", declarou à agência France Presse (AFP) em Paris.Juppé disse que se o plano de Annan fracassar, a França e seus aliados no grupo "Amigos da Síria" poderão invocar o capítulo 7 da Carta da ONU, "para acabar com essa tragédia que ocorre na Síria".A ONU deverá nomear na sexta-feira o major general Robert Mood, da Noruega, para chefiar a missão observadora na Síria. Mood deverá chegar a Damasco no próximo final de semana. Segundo a ONU, o governo sírio rejeitou a presença de vários monitores de países que participam do grupo "Amigos da Síria", como Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Catar e Arábia Saudita. O governo sírio rebatizou o grupo de "Inimigos da Síria".As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.