Franceses começam a deixar a Costa do Marfim

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Por Agencia Estado
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Líderes políticos marfinenses rejeitaram um acordo de paz de poucos dias para a Costa do Marfim à medida que cidadãos franceses fugiam do país nesta quarta-feira. Em Paris, autoridades franceses declararam-se prontas para uma eventual retirada em massa de seus cidadãos - transformados em alvo durante cinco dias de protestos por um plano de paz negociado pela França para pôr fim a quatro meses de guerra civil na Costa do Marfim, ex-colônia da França. O governo, o Exército e seus simpatizantes marfinenses ficaram insatisfeitos com um acordo de partilha de poder que, alegam, concede autoridade demais aos rebeldes. O acordo foi alcançado na última sexta-feira em Paris. Na medida em que aumentava a tensão, as famílias francesas fugiam do país, principalmente mulheres e crianças, em vôos fretados de companhias francesas com base na Costa do Marfim, maior produtor mundial de cacau. Um primeiro avião partiu com 250 estrangeiros. Pelo menos outros oito vôos fretados deveriam partir da Costa do Marfim somente hoje. Uma mobilização como esta seria impensável antes do recente conflito entre o governo e as forças rebeldes. A Costa do Marfim é uma nação relativamente próspera do oeste da África que teve sua estabilidade abalada em 1999, quando um golpe militar desencadeou atos de violência étnica e política que culminaram numa guerra civil de quatro meses.

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