Frente sunita pede libertação de jornalista dos EUA

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Por Agencia Estado
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A principal organização dos árabes sunitas no Iraque, a Frente do Acordo Nacional Iraquiano (Fani), pediu nesta sexta-feira a libertação da jornalista americana seqüestrada no início do mês em Bagdá. "Ela se distingue por seu elevado profissionalismo, o que é confirmado ao ser uma das figuras que pediu a rápida retirada das forças de ocupação do Iraque em seus artigos", acrescentou Hussein al Faluyi, porta-voz da Fani. Adnan al-Duleimi, líder da Fani, realizou nesta manhã de sexta-feira um chamado à libertação da seqüestrada e prometeu que a reivindicação dos seqüestradores, a saída das prisões iraquianas de todas as mulheres, será assumida como uma das principais exigências de seu grupo quando começar a fazer parte do Governo. A jornalista Jill Carroll foi seqüestrada no último dia 7 em Bagdá, quando saía de uma entrevista com Duleimi. Seus seqüestradores, das "Brigadas da Vingança", divulgaram, na noite de terça-feira, um vídeo que mostra a refém e ameaça executá-la caso todas as mulheres detidas em prisões iraquianas não sejam libertadas em 72 horas, prazo que termina na noite desta sexta-feira. O pai da repórter também lançou um pedido desesperado pela televisão catariana Al-Jazira, implorando pela libertação de sua filha a poucas horas do fim do ultimato dado pelos seqüestradores. "Quero falar diretamente aos seqüestradores da minha filha, já que talvez sejam pais como eu: minha filha não tem nenhum poder para conseguir libertar ninguém", disse Jim Carroll à emissora árabe em uma declaração gravada em Washington. "Minha filha é uma jornalista, uma pessoa inocente. Vocês podem beneficiar-se dela como jornalista para que ela faça a voz dos iraquianos chegar ao mundo", acrescentou o pai.

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