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Fronteira entre Israel e Líbano é palco de novos conflitos

Por Agencia Estado
Atualização:

Jatos israelenses lançaram nesta sexta-feira mísseis contra supostas posições da guerrilha no sul do Líbano em resposta a um ataque guerrilheiro em uma zona disputada da fronteira entre os dois países. O exército de Israel informou também que está utilizando helicópteros em seus ataques contra o grupo Hezbollah (Partido de Deus). Um comunicado do Hezbollah emitido em Beirute afirma que os guerrilheiros atacaram com metralhadoras e foguetes seis postos israelenses em uma área conhecida como chácaras de Chebaa. De acordo com oficiais libaneses, o Hezbollah lançou 80 bombas e 30 foguetes antitanques Sagger em seu ataque contra posições israelenses. Aviões israelenses retaliaram lançando mísseis contra supostos esconderijos da guerrilha. Quatro explosões foram ouvidas em Halta, uma cidade portuária distante apenas 1,5 quilômetro de Chebaa. Oficiais de segurança afirmaram que Israel lançou um total de seis mísseis terra-ar, além de ter utilizado metralhadoras. Não houve informações imediatas sobre casualidades. Segundo moradores locais, era possível avistar colunas de fumaça subindo de uma estação de radar israelense em Monte Hermon, próximo a Chebaa. Um oficial do Hezbollah afirmou que estava ocorrendo confronto direto, mas a informação não foi confirmada por fontes independentes. Os ataques seguiram-se à detenção por parte das autoridades libanesas de nove palestinos armados no sul do Líbano, em uma ação aparentemente ordenada em resposta à pressão internacional e às ameaças de Israel para que Beirute cesse as atividades dos guerrilheiros na região. Mas as detenções não visaram os guerrilheiros do Hezbollah, cujos ataques nesta semana contra postos do exército de Israel provocaram vários bombardeios israelenses, ameaçando abrir um novo front no Oriente Médio, além das incursões do Estado judeu nos territórios palestinos. O governo do Líbano tem apoiado a luta do Hezbollah pelas chácaras de Chebaa, afirmando tratar-se de território libanês. A ONU, por sua vez, afirma que a área está sob disputa entre Israel e a Síria.

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