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Fronteira entre Rússia e Ucrânia está completamente sem controle, alerta Otan

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Por Redação
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A fronteira da Rússia com o leste da Ucrânia se tornou uma área completamente sem controle, enquanto que uma linha divisória interna da Ucrânia está sendo reforçada, disse o principal general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta segunda-feira, alertando sobre o risco de outro "conflito congelado". O general da Força Aérea dos Estados Unidos, Philip Breedlove, comandante supremo das forças aliadas na Europa da Otan, disse acreditar que há entre 250 a 300 tropas russas dentro do território leste ucraniano auxiliando no treinamento e equipando as forças rebeldes apoiadas pelos russos. Cerca de sete grupos de trabalhos russos estão do outro lado da fronteira internacional da Rússia, disse Breedlove, acrescentando que a composição dessas forças dificulta a tarefa de quantificar. A fronteira internacional ficou fora de foco na medida em que a atenção migrou para a linha de demarcação separando as milícias favoráveis à Rússia e as forças ucranianas. "Temos uma fronteira internacional. Esta é a fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. Esta deveria ser a fronteira que deveríamos tentar fechar, a fronteira que estamos tentando reforçar", disse. "O foco agora parece estar no controle desta linha de demarcação e no patrulhamento dela." Questionado sobre as preocupações, Breedlove disse: "Estou preocupado porque as condições que estão dadas podem criar... um conflito congelado." Os comentários de Breedlove foram feitos depois que as eleições nas áreas em conflito na Ucrânia no fim de semana aumentaram ainda mais o impasse com a Rússia sobre o futuro do antigo Estado soviético. A Ucrânia perdeu o controle, em março, da península da Crimeia, que foi anexada pela Rússia. Breedlove disse que não há indícios de que a Rússia tenha mandado armas nucleares táticas para a Crimeia, como foi relatado por um jornal dos Estados Unidos. Ele disse que a Rússia comentou publicamente sobre manter uma aeronave na região no futuro, o que permitiria a realização de uma ampla gama de missões, mas reconheceu: "Não tenho nenhuma informação do que eles realmente vão fazer." Mais de 4 mil pessoas foram mortas no conflito na Ucrânia, o que motivou sanções dos Estados Unidos e da União Europeia contra a Rússia. Os líderes da Otan disseram que a aliança não planeja intervir militarmente na Ucrânia, que não é um membro da Otan. Mas reforçaram as defesas no leste europeu para tranquilizar aliados e suspenderam a cooperação prática com a Rússia. (Reportagem de Phil Stewart)

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