A União Europeia (UE) tenta impulsionar a presença de patrulhas de fronteira na Grécia e na Itália com o objetivo de diminuir o maior influxo de refugiados que o bloco já viu em décadas. A agência de administração das fronteiras no bloco, Frontex, pediu que 670 guardas fronteiriços de outros países da UE sejam transferidos para Itália e Grécia, assim como mais 150 soldados sejam enviados para "várias extensões de terras fronteiriças da União Europeia". O total, de 775 guardas de fronteira, é o maior número de pessoal que a agência já solicitou, informou a Frontex em uma comunicado nesta segunda-feira, 5. "Desde o começo deste ano mais de 470 mil imigrantes chegaram somente na Grécia e na Itália. Nenhum país consegue lidar com tanta pressão migratória em sua fronteiras sem ajuda. É crucial que todos os que chegam na União Europeia devem ser registrados e identificados", disse Fabrice Leggeri, diretor executivo da Frontex. Algumas das autoridades convocadas terão a tarefa de ajudar a Itália e a Grécia em determinar a nacionalidade dos imigrantes e refugiados, enquanto outros trabalharão em busca de informações sobre as atividades das redes de contrabando. "Nós sabemos que não podemos parar o fluxo, a questão é como organizá-lo, como administrá-lo melhor, pois assim as pessoas que precisam de proteção internacional são recebidas e aqueles que são imigrantes econômicos serão identificados e mandados de volta a seus países o mais rápido possível", disse uma autoridade da UE. No dia 8, ocorre uma reunião entre ministros do Interior do bloco em Luxemburgo.