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Fujimori deixou o Peru levando barras de ouro

Por Agencia Estado
Atualização:

O destituído presidente peruano Alberto Fujimori levou do Peru "barras de ouro, brilhantes e dinheiro vivo" em cada uma das viagens que realizou ao exterior em missão oficial, divulgou-se hoje em Lima. O procurador José Ugaz, que investiga os delitos cometidos pelo ex-assessor de inteligência Vladimiro Montesinos, informou que uma testemunha-chave, em seus depoimentos, já contou a forma pela qual Fujimori se envolveu em atividades ilícitas ao lado de seu ex-funcionário. Ugaz disse que a testemunha foi um alto funcionário do regime anterior, cuja identidade é mantida em segredo e que está sob a proteção da polícia durante 24 horas por dia. "Esta pessoa foi testemunha ocular dos delitos cometidos por Fujimori e apresentou provas e versões que indicam a forma pela qual Fujimori se apropriou de dinheiro do Estado", indicou Ugaz. Segundo a Procuradoria, "assim que terminar seus depoimentos, essa testemunha será enviada ao exterior com identidade mudada". O jornal La República destacou na primeira página que "Está confirmado que Fujimori é apenas um delinqüente comum", e que uma testemunha-chave teria confirmado, perante a Procuradora Geral da nação, Nelly Calderón, que o ex-mandatário levava barras de ouro (em suas viagens), apropriando-se ilegalmente de recursos do Estado. Fujimori viajou 123 vezes ao exterior e em muitas ocasiões se especulou sobre o conteúdo de muitas maletas e caixas que o ex-presidente costumava levar consigo como parte da bagagem. Até agora, havia apenas especulações sobre a possibilidade de Fujimori fazer parte da rede de corrupção, mas o aparecimento de uma testemunha, um ex-funcioário público próximo ao ex-presidente, poderia confirmar que o presidente destituído teria formado parte desse esquema de delitos.

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