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Fujimori presta segundo testemunho no Chile

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-presidente peruano Alberto Fujimori, detido no Chile à pedido do Peru, respondeu à segunda rodada de seu interrogatório nesta quarta-feira. O juiz Orlando Alvarez questionou Fujimori por quatro horas e meia na academia de correção para oficiais onde o ex-presidente é mantido há três meses, desde seu aparecimento surpresa no Chile. O porta-voz da Suprema Corte, Miguel Gonzalez, disse que o ex-líder foi questionado à respeito de suas acusações no Peru e sua possível extradição. Gonzalez informou que o juiz fará mais "uma ou duas" sessões de interrogatório antes de dar o veredicto, que pode ser apelado na Suprema Corte. Enquanto a sessão corria, um pequeno grupo de peruanos fez uma manifestação do lado de fora da corte, carregando cartazes que exigiam "julgamento e punição" para Fujimori. O governo peruano acusa Fujimori de contratar um grupo paramilitar que teria assassinado 25 pessoas. O ex-presidente também responde pela realização de grampos ilegais, desvio de fundos públicos, suborno a legisladores e transferência de US$ 15 milhões para seu chefe de espionagem, Vladimiro Montesinos. Fujimori nega todas as acusações, dizendo que elas são esforços para bloquear sua corrida pela presidência. A junta eleitoral do Peru o barrou de participar das últimas eleições. O ex-presidente tinha fugido para o Japão em 2000, quando seu regime entrou em colapso devido um escândalo de corrupção. Ele renunciou de Tóquio via fax.

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