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Funcionário do consulado francês é detido em Israel por contrabando de armas

Romain Franck, de 24 anos, utilizou o veículo consular - sujeito a inspeções menos rígidas pelo controle de segurança na passagem fronteiriça de Erez - para transportar 70 pistolas e 2 rifles de assalto de Gaza para a Cisjordânia em troca de 'benefícios econômicos'

Atualização:

JERUSALÉM - Um cidadão francês, funcionário do consulado da França em Jerusalém, foi detido pelas autoridades israelenses como suspeito de tráfico de armas entre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, revelou nesta segunda-feira, 19, o serviço de segurança interna de Israel, Shin Bet.

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"A investigação evidenciou que palestinos da Faixa de Gaza, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, contrabandearam armas nos últimos meses entre Gaza e Cisjordânia com a ajuda de um cidadão francês, funcionário do Consulado da França em Jerusalém", expressou o Shin Bet em comunicado. Os suspeitos foram apresentados nesta segunda a um tribunal israelense.

O francês Romain Franck (com o rosto escondido) é apresentado em tribunal israelense; ele é acusado de contrabandear armas de Gaza para a Cisjordânia Foto: AFP PHOTO / JACK GUEZ

Segundo o serviço, Romain Franck, de 24 anos, utilizou o veículo consular, que facilitava sua passagem pelo controle de segurança na passagem fronteiriça de Erez, para fazer cinco viagens com carregamentos de armas, com um total de 70 pistolas e 2 rifles de assalto.

A investigação conjunta do Shin Bet e da polícia israelense detalhou que o acusado recebia as armas de um palestino de Gaza, funcionário do Instituto Cultural Francês na região, as levava para a Cisjordânia, onde outros indivíduos as vendiam para traficantes de armas.

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O cidadão francês foi detido enquanto cruzava a fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, um território que é controlado pelo movimento islamita Hamas, considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e outros países.

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O Shin Bet afirmou que a investigação revelou que o funcionário francês "agiu em troca de benefícios econômicos, por iniciativa própria e sem o conhecimento de seus superiores". / EFE e AFP

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