Funcionário do governo inglês critica Guantánamo

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Por Agencia Estado
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Um membro do Gabinete britânico exigiu que os Estados Unidos fechem sua prisão na baía de Guantánamo, e disse que acredita que o primeiro-ministro Tony Blair compartilha dessa visão. Mas Blair foi mais cuidadoso em suas afirmações à respeito do centro de detenção, se referindo a este como uma "anomalia", durante uma coletiva de imprensa em Berlim. O ministro responsável por Gales e Irlanda do Norte, Peter Hain, disse na noite da última quinta-feira à rede de televisão BBC, que "preferia que (a prisão) não estivesse lá. Eu prefiro que seja fechada." Já o porta-voz do escritório de relações exteriores disse que Londres compartilha a visão das autoridades americanas em relação a Guantánamo, e que os Estados Unidos que devem decidir o que farão com a questão. Na quinta-feira, a ONU exigiu que o fechamento do centro de detenção em Cuba "sem atrasos". Mas o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, rejeitou rapidamente as exigências da ONU, dizendo que os prisioneiros são bem tratados e que "são de terroristas perigosos que estamos falando." Hain disse que informações cruciais foram obtidas dos detidos em Guantánamo e que o governo britânico fica desconfortável com a existência da prisão. Os EUA possuem cerca de 490 homens presos no centro de detenção de Guantánamo, que foi aberto em janeiro de 2001. A maioria é acusada de ligação com o regime Taleban ou com a Al-Qaeda.

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