Funcionários brasileiros no Congo iniciam volta para casa

Quinze funcionários da Embaixada do Brasil em Kinshasa foram surpreendidos pelos confrontos armados entre grupos políticos rivais e ficaram em escritório

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Por Agencia Estado
Atualização:

Quinze funcionários da Embaixada do Brasil em Kinshasa, na República Democrática do Congo, começaram a retornar para suas casas neste sábado, 24, após serem surpreendidos pelos confrontos armados entre grupos políticos rivais. Desde as 4 horas da manha, horário local, os tiroteios cessaram na área central de Kinshasa, segundo informações da Rede Globo. Os brasileiros que estavam refugiados há dois dias na embaixada do Brasil já começaram a voltar para suas casas. Por telefone, o embaixador do Brasil no pais, Flavio Bonzanini, disse que a situação no país, embora seja mais tranqüila, não está totalmente normalizada. Segundo Bonzanini, ainda há preocupação em relação ao controle da segurança publica. Para o embaixador, esse é o problema principal no momento. Nos últimos três dias de combate na capital, pelo menos 60 pessoas morreram e 49 ficaram feridas. Não há brasileiros entre as vítimas. Desde o início do mês, gangues ligadas ao senador e ex-vice presidente Jean-Pierre Bemba enfrentam militares oficiais. Bemba foi candidato à Presidência nas últimas eleições, em 29 de outubro de 2006, sendo derrotado pelo atual presidente congolês, Joseph Kabila. Segundo André José, funcionário da embaixada no Congo, os brasileiros estão nervosos com a situação, pois ouve-se constantemente o soar de tiros. "Esperamos um possível resgate até sábado". Em nota, o governo brasileiro informa acompanhar com apreensão a situação em Kinshasa, expressando "firme expectativa de que as hostilidades sejam suspensas, em benefício da continuidade do processo institucional da República Democrática do Congo, refletido no fim do Governo de Transição e na eleição presidencial de 2006".

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