Funcionários de jornal dão detalhes da ação de terroristas
Colegas dos cartunistas mortos na redação do 'Charlie Hebdo' contaram sua experiência durante e após atentado de irmãos
Por Redação
Atualização:
Ataque ao jornal Charlie Hebdo mata 12 em Paris
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Ataque ao jornal Charlie Hebdo na França
Marca de bala na janela da redação da revista francesa Charlie Hebdo, alvo de atentado que matou ao menos 12 pessoas Foto: Jacky Naegelen/ Reuters
Ataque ao jornal CharlieHebdo na França
Policiais transferem vítima de ataque à revista francesa Charlie Hebdo, que deixou ao menos 12 mortos em Paris Foto: Jacky Naegelen / Reuters
Ataque ao jornal Charlie Hebdo na França
Poliviais se dirigiram rapidamente à cena do ataque à revistaCharlie Hebdo, no centro de Paris Foto: Jacky Naegelen / Reuters
Ataque ao jornal Charlie Hebdo em Paris
Câmera de segurança registrou chegada de homens armados à redação da Charlie Hedbo, onde 12 pessoas foram mortas em ataque Foto: AFP
Ataque ao jornal Charlie Hebdo em Paris
O presidente francês visitou a cena do crime, que qualificou como 'ato de barbárie' Foto: Ettiene Laurent / Efe
Ataque ao jornal Charlie Hebdo na França
Jornalistas da AgênciaFrance Presseexibem o cartaz " Eu sou Charlie" na redação, em homenagem às vítimas do ataque à redação do jornal Charile Hebdo, ... Foto: Bertrand Guay /AFPMais
Ataque ao Jornal francês Charlie Hebdo
Em Marselha, manifestantes exibem canetas em homenagem aos quatro chargistas mortos no ataque à redação do jornal Charlie Hebdo, em Paris Foto: Boris Horvat / AFP
Ataque ao jornal francês Charlie Hebdo
Cartaz 'Eu sou Charlie' também foi exibido em uma vigília feita em Paris em homenagem às vítimas do atentado ao jornal Charile Hebdo Foto: Christopher Ena / AP
Ataque ao jornal Charlie Hebdo
A manifestação começou à tarde e avançou na noite parisiense Foto: Christophe Ena
Ataque ao jornal Charlie Hebdo
Vigílias também ocorreram em outras cidades da Europa, como esta em Copenhague, na Dinamarca Foto: Erik Hefner /AFP
Ataque ao Charlie Hebdo
Houve manifestações também em frente ao Portão de Brandenburgo, em Berlim Foto: Michael Sohn / AP
Ataque ao jornal Charile Hebdo
Além do cartaz, flores e velas também marcaram a vigília de homenagem às vítimas Foto: Christophe Ena / AP
Atentado ao Charlie Hebdo em Paris
Policiais e equipes de resgate atendem vítima de tiroteio no sul do Paris, em caso classificado pelo governo francês como 'novo ataque terrorista', um... Foto: Yoan Valat / EFEMais
PARIS - Patrick Pelloux, médico e cronista do jornal Charlie Hebdo, chegou à sede da publicação minutos depois do ataque que dizimou sua redação. Excepcionalmente naquele dia, ele não participou da reunião de pauta. Ele estava em uma reunião da Associação de Médicos da França.
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“Jean-Luc, o chargista (do Charlie Hebdo), me ligou e disse: ‘Você tem que vir rápido. Dispararam contra nós com uma Kalashnikov’”, contou Pelloux. “Cheguei três minutos depois com um coronel dos bombeiros. Enquanto cuidávamos das vítimas, eles (assassinos) seguiam matando gente nas ruas. Não pude salvá-los.”
Corinne Rey, cartunista que assina como Coco, digitava os códigos de segurança para entrar no prédio quando foi abordada pelos dois homens mascarados que a obrigaram a abrir a porta. “Eles queriam entrar e subir”, disse ela à revista L’Humanité. Já dentro do prédio, Corinne disse que se escondeu embaixo de uma mesa. Os dois homens foram até à recepção e mataram Frédéric Boisseau, funcionário da Sodexo.
Depois de fazer vários disparos no lobby, eles subiram para a redação perguntando onde estava Charb, na caçada por Stéphane Charbonnier, editor e cartunista do jornal, que seria morto em seguida. “Isso durou uns cinco minutos”, lembrou Corinne. “Eles falavam francês perfeitamente e diziam ser da Al-Qaeda."
Sigolène Vinson trabalha como freelancer para o jornal e decidiu ir ao semanário naquela manhã para participar da reunião. Ela pensou que seria morta no momento em que um dos homens se aproximou dela. Mas isso não aconteceu. “O homem disse: ‘Eu não vou te matar porque você é uma mulher. Nós não matamos mulheres. Mas você tem de se converter ao Islã, ler o Alcorão e se cobrir’”, disse. / AP