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Fundador do WikiLeaks volta à corte por processo de extradição

Justiça sueca acusa Julian Assange por delitos sexuais; pode haver protestos em audiência

Atualização:

Assange diz que as acusações da Suécia têm motivação política.

 

LONDRES - Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, será ouvido nesta terça-feira, 11, pela Justiça do Reino Unido em audiência do processo de extradição aberto contra ele pela Suécia. Protestos devem ocorrer durante a sessão.

 

 

Assange é acusado pela Justiça sueca de delitos sexuais contra duas mulheres. Elas o acusam de coerção ilegal, estupro e de tê-las molestado. Ele nega as acusações e diz que "há evidências bem sugestivas" de que as mulheres foram motivadas por vingança, por dinheiro e por pressão policial para dar queixa.

 

Defensores do australiano alegam que as acusações têm motivação política, já que ele é considerado o responsável pelo vazamento dos mais de 250 mil documentos americanos, que começou no dia 28 de novembro e causou constrangimento às autoridades americanas por ter revelado segredos da política externa dos EUA.

 

A Suécia quer extraditá-lo, mas ele permanece em liberdade condicional no Reino Unido, onde foi preso em dezembro após se entregar às autoridades, que tinham um mandado de prisão internacional expedido por Estocolmo.

 

Assange permaneceu preso por nove dias, mas foi libertado após pagar fiança de 200 mil libras (R$ 533 mil) e depois que um recurso da promotoria sueca contra sua libertação foi rejeitado. Atualmente ele está hospedado em uma mansão a nordeste de Londres, propriedade de um colega.

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O australiano ainda suspeita que os EUA, principais prejudicados pelos vazamentos do WikiLeaks, planejem processá-lo por espionagem e conspiração. Nesta terça, ele divulgou um comunicado pedindo que a Justiça aja contra todos aqueles que pediram sua morte nos EUA.

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