Futuro da dissidência cubana preocupa líderes europeus

"Panorama não é sinônimo de transformação do Estado totalitário, mas simplesmente uma sucessão do poder totalitário"

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O Comitê Internacional para a Democracia em Cuba (CIDC), criado em 2003 pelo ex-presidente tcheco Vaclav Havel, anunciou em Praga sua preocupação com o destino da dissidência cubana, em comunicado assinado também pelos ex-governantes José María Aznar, da Espanha, e Lech Walesa, da Polônia. "Reafirmamos nossa preocupação com os recentes eventos que levaram a mudanças na cúpula do poder comunista em Cuba", diz o documento. Os signatários dizem que a mudança é "superficial" e que o país corre o risco de "cair na confusão e reviver um regime que viola os direitos humanos". Para os ex-governantes, "o panorama não é sinônimo de transformação do Estado totalitário, mas simplesmente uma sucessão do poder totalitário". Eles pedem ao governo de Cuba "que propicie uma abertura democrática, para que sejam libertados todos os presos políticos e haja eleições livres". Os ex-líderes temem que Oswaldo Payá Sardiñas, Martha Beatriz Roque, Vladimiro Roca, Elizardo Sánchez Santa Cruz e as ´Damas de Blanco´, vistos como "a esperança para uma mudança não violenta na ilha", se tornem "vítimas do regime, temeroso de seu futuro, que continua encarcerando opositores e jornalistas independentes".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.