Fuzileiros acusados de atirar em civis deixarão Afeganistão

Unidade de 120 fuzileiros deve ser totalmente retirada do país, diz general dos EUA

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Por Agencia Estado
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Fuzileiros navais dos EUA acusados de disparar a esmo contra civis depois de um ataque suicida a bomba no Afeganistão, matando 10 pessoas, estão sob investigação e receberam ordem para deixar o país, informaram militares americanos nesta sexta-feira, 23 O major-general Francis H. Keraney III, chefe de Operações Especiais do Comando Central, ordenou a saída de toda a unidade envolvida, que conta com cerca de 120 fuzileiros (marines). No incidente, ocorrido em 4 de março na província de Nangahar, uma minivan cheia de explosivos se chocou contra um comboio de marines que, segundo oficiais americanos, também ficou sob fogo de pistoleiros. Pelo menos 10 afegãos foram mortos e 34 ficaram feridos durante a fuga do comboio. Afegãos feridos disseram que os americanos atiraram contra carros civis e pedestres enquanto abandonavam o local. Segundo os militares americanos, militantes armados atiraram contra os fuzileiros e talvez tenham causado algumas das mortes dos civis. Depois do ocorrido, centenas de afegãos realizaram uma demonstração de repúdio aos Estados Unidos e o presidente do país, Hamid Karzai, condenou o incidente. Garoto assassinado Enquanto isso, no Afeganistão, familiares e amigos sepultaram nesta sexta-feira um menino de 12 anos morto por soldados britânicos que abriram fogo contra o carro que transportava sua família. O comando militar da Otan "lamentou profundamente" a morte do garoto e anunciou a abertura de um inquérito para apurar as circunstâncias do incidente ocorrido no fim da noite de ontem em Cabul. Soldados britânicos abriram fogo contra o carro aparentemente por considerarem que o motorista passou perto de um cordão de isolamento da Otan.

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