G-8 anuncia ajuda de US$ 1,5 bilhão à Síria e pede esforço por fim de conflito

Países mais industrializados e a Rússia não chegam a acordo sobre destino de Assad

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Por Redação
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O G-8, grupo dos  sete países mais ricos do mundo e a Rússia, prometeu nesta terça-feira, 18, US$ 1,5 bilhão em ajuda humanitária à Síria. Por oposição de Moscou, o principal aliado de Damasco, Líderes do bloco o fim ao derramamento de sangue e a realização de negociações de paz o mais rapidamente possível, sem a presença de grupos terroristas ligados à Al-Qaeda. O destino do presidente sírio, Bashar Assad, não foi mencionado por oposição do governo russo.

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"Continuamos comprometidos em alcançar uma solução política para a crise com base em uma visão de uma Síria inclusivamente unida e democrática", diz o texto. "Apoiamos fortemente a decisão de realizar o mais breve possível a conferência de Genebra sobre a Síria."

Segundo o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, os oito países concordaram que não devem especificar qualquer tipo de resultado para as negociações de paz, sobre as quais todos os membros do bloco concordaram que devem ser iniciadas em breve em Genebra.  Ryabkov disse que as negociações devem ter como objetivo criar uma coalizão de governo de transição para a Síria, mas não devem predeterminar se Assad pode participar ou não desse governo.

"Seria errado e prejudicial, além de violar o equilíbrio político", disse ele. "Não podemos dizer aos participantes do processo como ele vai terminar, porque dessa forma não faria sentido sequer dar início aos trabalhos."

Em entrevista coletiva, o primeiro-ministro britânicio e anfitrião da cúpula, David Cameron, informou que se decidiu comprometer uma ajuda de US$ 1,5 bilhão "em dinheiro novo" à Síria para atalhar o "terrível" problema humanitário.

Os primeiros-ministros e presidentes dos países mais industrializados do mundo e a Rússia assinaram um comunicado de 96 pontos no qual expressam a necessidade de dar uma resposta rápida ao problema humanitário na Síria, sem citar expressamente seu atual presidente, Bashar al Assad, aparentemente por oposição da Rússia.

Cameron reconheceu que os debates sobre a Síria foram "os mais complexos" que os líderes enfrentaram durante seus dois dias de reuniões e que persistem as divergências, em referência à Rússia, mas que todos apoiam uma solução pacífica para o conflito através de uma "transição democrática". / EFE, AP e REUTERS

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