G-8 exclui posição de emergentes sobre setor agrícola

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Por JAMIL CHADE
Atualização:

Os países ricos não se entendem nem sobre como lidar com a fome no mundo nem com a posição dos países emergentes. A primeira reunião entre ministros da Agricultura da história do G-8 (países industrializados) com as economias em desenvolvimento, entre eles o Brasil, termina com a marca de um fiasco e uma demonstração de mal estar com os países emergentes.Depois de horas negociando uma nova estratégia para lidar com o setor agrícola no planeta, a declaração final do G-8 exclui a posição dos países emergentes. Mesmo assim, a estratégia não passa de uma lista de boas intenções sem qualquer compromisso político entre os governos dos países ricos.A posição de cada país emergente será apenas citada em um resumo feito pelos italianos, que organizam o evento em Treviso. Segundo diplomatas de países emergentes, o fiasco na reunião é uma demonstração da crise de identidade que vive o G-8 depois do estabelecimento do G-20 e do surgimento das economias emergentes no cenário internacional. Diante da recessão internacional, ficou claro que o G-8 já estava ultrapassado e que um novo bloco estava ganhando forçaMas os países ricos insistem em manter os encontros do G-8, apesar das acusações de que já está ultrapassado. Para tentar dar um sinal de abertura, a Itália, que preside o grupo, convidou os países emergentes para a reunião. Eles só não sabiam que suas posições ficariam de fora do texto final.

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