27 de maio de 2011 | 09h31
Autoridades do Grupo dos Oito prometeram apoio econômico aos países que lutam pela democracia
DEAUVILLE - Oficiais disseram nesta sexta-feira, 27, que os países ricos e os credores internacionais tem o objetivo de fornecer US$ 40 bilhões em financiamento para os países árabes que tentam estabelecer democracias livres.
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O ministro das Finanças da Tunísia, disse que os líderes do G8, grupo dos oito países mais industrializados, lançou proposta em uma cúpula no resort francês nesta sexta-feira.
Um oficial francês diz que US $ 40 bilhões é a meta global, mas que as divisões por país e calendários ainda estão em discussão. O funcionário não teve seu nome revelado devido a políticas de seu gabinete.
A minuta da declaração final da cúpula do G8 (formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Japão e Rússia), anteriormente publicada, apontava que os bancos de desenvolvimento apoiarão com mais de US$ 20 bilhões entre 2011 e 2013 as reformas econômicas e democráticas no Egito e na Tunísia.
No montante, que será fornecido em forma de crédito pelo Banco Mundial, o Banco Europeu de Investimentos, o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento e o Banco Islâmico, não está incluída a ajuda já prometida pela Comissão Europeia (órgão executivo da União Europeia - UE).
Os países do G8 se comprometeram também a aumentar as ajudas de maneira bilateral, embora sem divulgar cifras.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, declarou nesta sexta-feira aos primeiros-ministros do Egito, Essam Sharaf, e da Tunísia, Beji Caid Essebsi, que a filosofia das ajudas é "mais apoio em troca de mais reformas".
Depois de se reunir com os líderes árabes, Barroso afirmou que fornecerá ajudas diretas como empréstimos, mais acesso aos mercados europeus, e mobilidade, através de parcerias, para esses países lidarem melhor com a emigração.
Segundo Barroso, estas sociedades estão preparadas para fazer um bom uso dos apoios internacionais.
O presidente da Comissão Europeia ressaltou que é possível conseguir uma autêntica democracia no norte da África, o que, segundo ele, representaria "um forte sinal" para todos os países muçulmanos.
O Executivo comunitário aumentou em 1,2 bilhão de euros a dotação para doações em sua chamada "Política de Vizinhança" até 2013, com um montante global de 7 bilhões de euros.
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