PUBLICIDADE

Gabinete do Paquistão renuncia para reduzir gastos

Atualização:

O governo do Paquistão renunciou nesta quarta-feira para permitir que o primeiro-ministro Yusuf Raza Gilani forme um gabinete menor e diminua as despesas da administração, disseram autoridades. Os partidos de oposição do país já exigem há muito tempo que Gilani diminua seu gabinete, um dos maiores do mundo, pois o Paquistão enfrenta dificuldades para pagar suas contas e é dependente do programa de empréstimos do FMI. Farahnaz Isphahani, porta-voz para o partido governista, disse que a dissolução do gabinete foi feita "para lidar com a realidade econômica do Paquistão". "É necessário ter um gabinete menor desta vez", acrescentou. A economia já enfraquecida foi devastada pelas enchentes do ano passado, que causaram um prejuízo de 10 bilhões de dólares. A ajuda externa tem demorado para chegar, em parte por receios sobre a habilidade do governo e a disposição para implementar uma reforma nas finanças. A estabilidade política do Paquistão, aliado vital dos EUA, é crucial nos esforços de guerra contra o vizinho Afeganistão e no combate à militância nas áreas no noroeste do país de etnia pashtun, ao longo da fronteira com o Afeganistão. No entanto, analistas, disseram que a reforma do gabinete faria pouco para resolver os problemas estruturais na economia. "Essa medida pode ser boa para a política ou para as manchetes, mas não é muito para a economia, pois o governo tem que realizar um esforço coordenado para construir sua credibilidade", disse Asif Qureshi, diretor do Invisor Securities. (Reportagem de Zeeshan Haider e Chris Allbritton)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.