21 de janeiro de 2013 | 02h04
Os postos vagos são de extrema importância no governo dos EUA. O Departamento de Comércio está sem titular desde junho. Os do Trabalho e da Proteção Ambiental estão vagos, assim como os cargos de Chefe de Gabinete e de titular do Escritório de Administração e Orçamento (similares à Casa Civil e ao Ministério do Planejamento no Brasil).
Envolvido em polêmicas nos últimos anos, o secretário de Energia, Steve Chu, perdeu poder e deve renunciar, assim como o representante de Comércio dos EUA, Ron Kirk. Com todas as baixas, o governo perde duas autoridades de origem latina, uma de ascendência chinesa e um negro. Para os 14 postos já definidos, Obama escolheu 9 homens brancos, apenas 2 mulheres negras e nenhuma latino-americana.
A expectativa é a de que o presidente preencha as posições vagas com mulheres latinas ou negras, especialmente. "Deixe-me tomar posse primeiro. Sou muito orgulhoso de ter, no primeiro mandato, o mais diversificado gabinete da história", afirmou no dia 14, ao ser questionado pela imprensa sobre a homogeneidade masculina e anglo-saxã de sua nova equipe. "Eu pretendo continuar isso. A diversidade ajuda a criar uma tomada de decisão mais efetiva porque traz diferentes perspectivas sobre a mesa."
Com as mudanças já realizadas, Obama perdeu pelo menos três colaboradores de alta visibilidade. Hillary Clinton, secretária de Estado e possível candidata à Casa Branca em 2016, será substituída pelo senador John Kerry, apesar da resistência de diplomatas e assessores da presidência. Leon Panetta deixa o comando da Defesa para o ex-senador republicano Chuck Hagel - único membro da oposição designado para o gabinete até agora. Timothy Geithner deixará o posto no Tesouro para Jack Lew, ex-chefe de gabinete de Obama. / D.C.M.
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