Gangue ataca ônibus e deixa 28 mortos em Honduras

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Por Agencia Estado
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Ação supostamente vinculada a uma ofensiva do governo hondurenho contra quadrilhas de narcotraficantes causou a morte de pelo menos 28 pessoas - 22 adultos e seis crianças - na noite de quinta-feira por um grupo desconhecido em Chamelecón, a cerca de 200 quilômetros da capital de Honduras, Tegucigalpa. Segundo testemunhas, quatro homens foram responsáveis pelo ataque. Eles se deslocaram em dois veículos de passeio e forçaram a parada de um ônibus urbano, disparando rajadas de metralhadoras, além de projéteis de fuzil AK-47, indiscriminadamente contra todos os passageiros e fugiram em seguida. Dezesseis pessoas morreram no local e aproximadamente 20 feridos foram levados a um hospital da cidade vizinha de San Pedro Sula. No ônibus, os autores do massacre deixaram um cartaz no qual ameaçaram matar o presidente hondurenho, Ricardo Maduro, e as demais autoridades que executam uma recém-lançada estratégia do governo de combate à delinqüência e ao crime organizado e com uma provocação ao presidente. Poucas horas após o ataque, Maduro dirigiu-se à população por meio de uma cadeia de rádio e TV. "Venho até vocês para informar-lhes sobre um ato de barbárie e covardia como poucos dos que conhecemos em toda a história de Honduras", disse. O presidente ofereceu uma recompensa de 1 milhão de lempiras (equivalente a US$ 54 mil) por qualquer informação que leve aos autores do massacre. Um porta-voz da polícia hondurenha, o subcomissário Wilmer Torres, disse que um dos quatro autores do massacre tinha sido capturado nesta sexta-feira. Segundo ele, trata-se de um membro da gangue juvenil Mara Salvatrucha (MS), ligada ao tráfico de drogas. Torres acrescentou que o detido portava uma pistola calibre 380 e projéteis de AK-47 e M-16.

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