Gantz diz que será ministro da Defesa no próximo governo israelense

Após 16 meses de crise política e três eleições que não conseguiram desempatar os dois líderes, Netanyahu e Gantz fecharam um acordo na segunda-feira para formar esse governo, que vai durar três anos

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Por Redação
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JERUSALÉM - O ex-adversário nas urnas do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu e ex-chefe do Estado Maior Benny Gantz anunciou nesta terça-feira, 21, que será ministro da Defesa na primeira metade do mandato de unidade e emergência do governo

Após 16 meses de crise política e três eleições que não conseguiram desempatar os dois líderes, Netanyahu e Gantz fecharam um acordo na segunda-feira para formar esse governo, que vai durar três anos. 

Netanyahu pediu a Gantz a formação de um governo de união nacional; ex-general propôs a mesma coisa, mas com seu nome à frente do novo Executivo Foto: Baz Ratner / Reuters

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O acordo prevê um governo de 32 ministros nos primeiros seis meses para enfrentar a crise da covid-19. Depois desse período, serão acrescidas quatro pastas, tornado-se assim o maior gabinete ministerial da história de Israel, que será dividido igualmente pelos dois lados. As pastas da Defesa e Justiça serão de Gantz e seus aliados, enquanto as Finanças e Saúde serão de Netanyahu.

O novo governo terá duração de três anos, sendo a primeira metade liderada por Netanyahu, do partido de direita Likud, e a outra, por Gantz, da coalizão Azul e Branco. Ele serviria como vice-premiê nesta primeira fase do acordo. Como aliados, Gantz e Bibi evitam uma quarta eleição, baixam o tom da retórica política dos últimos meses e oferecem uma chance de unir o país em meio à pandemia.

Em relação a Gantz, ex-chefe do Exército e novato na política, o acordo foi interpretado por muitos como um sinal de fraqueza. Suas três campanhas foram feitas com a promessa de tirar Netanyahu do poder. A decisão foi considerada “traição” por muitos deputados do Azul e Branco, principalmente porque, durante o impasse, Gantz foi ridicularizado pelo premiê. / REUTERS, AFP E NYT

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