
18 de novembro de 2009 | 09h33
"Esses são atos repulsivos, que não correspondem aos de um país democrático e deixam mal a presidência do Chile", disse García. "São próprios de uma republiqueta." A presidente chilena, Michelle Bachelet, reagiu: "As acusações, que eu considero ofensivas, não contribuem para a cooperação e a integração entre os dois países."
Pouco depois, o chanceler peruano, José Antonio García Belaúnde, anunciou que as provas do ato de espionagem seriam entregues para Santiago. "Estamos num ponto delicado das relações (com o Chile)", admitiu. Às vésperas da eleição do dia 13, a oposição chilena pede o rompimento com o Peru.
De acordo com Lima, o suboficial da Força Aérea Víctor Ariza foi recrutado pelo Chile sete anos atrás e recebia US$ 3 mil mensais para repassar informações relativas ao arsenal, os planos de contingência e a identidade dos alunos da escola de inteligência da Aeronáutica peruana. As provas do esquema estariam no computador de Ariza e em documentos encontrados com ele.
Em agosto, García já tinha denunciado um acordo secreto entre o Chile e a Bolívia, que daria saída para o mar para os bolivianos, mas prejudicaria os interesses de Lima. Além disso, em duas ocasiões, em 2008, o Chile disse ter sido vítima de espionagem dos peruanos. Na mais grave, funcionários da embaixada chilena em Lima tiveram seus e-mails vasculhados por um hacker, supostamente a serviço da inteligência do Peru. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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