Garzón pede transferência para a Corte Penal em Haia

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Por AE-AP
Atualização:

O juiz espanhol Baltasar Garzón solicitou hoje sua transferência para a Corte Penal Internacional, em Haia, onde deve atuar como assessor do escritório do promotor. O magistrado pediu uma licença inicial de sete meses, portanto não renunciou formalmente a seu cargo de juiz da Audiência Nacional da Espanha.Garzón ficou famoso internacionalmente quando liderou casos contra o ex-ditador chileno Augusto Pinochet e o líder terrorista Osama bin Laden. Agora, o magistrado está sendo investigado em três processos diferentes, por prevaricação.O juiz pode ainda ser julgado por sua fracassada tentativa de investigar os crimes do franquismo. Caso condenado, não poderia atuar na magistratura espanhola, mas poderia seguir trabalhando em Haia.A Audiência Nacional explicou que, em seu novo posto, o juiz será um consultor externo no desenvolvimento de novas técnicas de investigação da promotoria. Ele trabalhará em Haia, na Holanda, mas poderá viajar para países em que a corte esteja realizando alguma investigação. Muitos partidários do magistrado haviam pedido que Garzón buscasse um novo destino, para evitar a bastante possível suspensão a que ele está sujeito na Espanha.

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