Gasto com armas cresceu 6% em 2007

Segundo ONG sueca, total mundial foi de US$ 1,4 trilhão; EUA lideram lista

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Por EFE
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A despesa mundial em armamento militar aumentou 6%, para US$ 1,4 trilhão, em 2007, informa o relatório anual divulgado ontem pelo Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (Sipri, em inglês). Esse número corresponde a 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e representa um aumento de 45% desde 1998. Os EUA lideram a lista de países que destinam mais fundos para o armamento, com US$ 547 bilhões, o que representa 45% do volume total e 59% a mais que em 2001, ano do ataque terrorista contra as Torres Gêmeas em Nova York. Depois vêm Grã-Bretanha (US$ 59,7 bilhões) e China (US$ 58,3 bilhões). O Brasil ocupa o 12º lugar, com US$ 15,3 bilhões. As vendas de armas das cem principais companhias fabricantes alcançaram os US$ 315 bilhões em 2006, 8% a mais que em 2005 em termos nominais. A americana Boeing lidera a lista, com vendas no valor de US$ 30,6 bilhões, seguida pela também americana Lockheed Martin, com US$ 28,1 bilhões, e pela britânica BAE Systems, com US$ 24 bilhões. O comércio internacional de armas convencionais pesadas no período de 2003 a 2007 cresceu 7% com relação aos cinco anos anteriores. Os EUA foram responsáveis por 31% do volume total nessa meia década, seguidos por Rússia (com 25%), Alemanha (10%), França (9%) e Grã-Bretanha (4%). Os principais compradores de armas pesadas entre 2003 e 2007 foram China (com 12%), Índia (8%), Emirados Árabes (7%), Grécia (6%) e Coréia do Sul (5%). A Europa Oriental é a região em que houve maior crescimento de comércio de armas na última década, com 162%. Segundo o Sipri, oito países - EUA, Rússia, Grã-Bretanha, França, China, Índia, Paquistão e Israel - possuíam 10.200 armas nucleares operacionais no começo de 2008.

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