Gates apresentará diagnóstico sobre Iraque no fim de semana

Novo secretário da Defesa americano realizou uma visita de três dias ao país árabe

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Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, disse nesta sexta-feira que deverá entregar ao presidente Bush ainda neste final de semana um relatório sobre sua recente visita ao Iraque. Durante os três dias em que esteve no país árabe, Gates reuniu-se com líderes militares e políticos americanos e iraquianos. O secretário recusou-se em afirmar se possui planos para ampliar temporariamente o número de soldados no Iraque. Ele afirmou acreditar, no entanto, que os americanos e iraquianos possuem um "amplo acordo estratégico entre os militares e o governo iraquiano e os nossos militares". "Ainda teremos algum trabalho", disse Gates. "Mas eu espero entregar um relatório ao presidente sobre o que eu vi" durante a visita. Falando em uma entrevista coletiva na altamente fortificada "zona verde" iraquiana, Gates afirmou que "certamente há a necessidade de mais discussões em Washington". Explosões podiam ser escutadas da sala de imprensa. O secretário explicou que o comandante geral das forças americanas no Iraque, general George Casey, tem trabalhado intensamente com militares iraquianos. Detalhes das conversas devem ser divulgados em breve, afirmou Gates. Gates afirmou ainda estar bastante confiante em relação ao que ouviu dos iraquianos esta semana. "Acredito que seremos capazes de trabalharmos juntos, com os iraquianos na liderança, para melhorar a situação da segurança em Bagdá." O secretário acrescentou não acreditar que haja grandes divisões entre os líderes iraquianos sobre a necessidade de um incremento nas tropas americanas no país. A questão central, ressaltou Gates, é como os iraquianos irão tomar a liderança para se tornarem responsáveis por seu próprio destino. O novo secretário de Defesa, que assumiu na segunda-feira, viajou para o Iraque com o objetivo de desenhar uma nova estratégia para um conflito que já custou a vida de quase 3 mil soldados americanos e de milhares de civis iraquianos. Em casa, a administração Bush sofre pressão para encontrar uma saída para a violência no país árabe.

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