Gates não quer divulgação de foto de Bin Laden morto

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, disse que uma das razões de sua oposição à divulgação de fotos do corpo de Osama bin Laden é que elas provavelmente seriam alteradas para provocarem uma reação contra os Estados Unidos. Gates afirmou que, após a Casa Branca ter divulgado uma foto dos oficiais de segurança nacional falando sobre a missão contra Bin Laden, recebeu várias imagens alteradas vindas de todo o país. Uma delas tinha jogadores de futebol sentados na mesa e outra vestia todos oficiais com chapéus extravagantes inspirados nos convidados do casamento real em Londres.O secretário também disse que ele e a secretária de Estado, Hillary Clinton, temiam que as fotos de Bin Laden pudessem ser alteradas para causar reações agressivas e colocar em risco os americanos que vivem no exterior.TorturaO senador John McCain contestou categoricamente que os interrogatórios enquadrados na definição internacional de tortura levaram as forças americanas a encontrar Bin Laden."As pistas que levaram a nossa inteligência a encontrar Osama bin Laden não vieram da tortura e do tratamento cruel, desumano e degradante dos detentos", declarou McCain em um discurso exaltado.O senador, que passou cinco anos e meio como prisioneiro de guerra no Vietnã, acusou o ex-secretário de Justiça dos Estados Unidos Michael Mukasey de erro, por ter afirmado que as sessões de "afogamento" a qual foi submetido Khalid Sheikh Mohammed, figura importante da Al-Qaeda, levaram às informações críticas para a caçada a Bin Laden. "Isto é falso", disse McCain, que citou informações da CIA e do Comitê de Inteligência do Senado de que a "melhor inteligência" veio de um detento da CIA interrogado de maneira "padrão, sem meios coercivos". "Espero que o ex-secretário de Justiça Mukasey corrija seu equívoco. É importante que ele faça isso porque novamente estamos em um debate importante para a segurança e a reputação dos Estados Unidos." As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.