Generais reavaliam duração da guerra

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Por Agencia Estado
Atualização:

O The Washington Post informa, citando fontes do Departamento do Defesa dos EUA, que os militares norte-americanos estão convencidos que a guerra deve durar meses e que o poder de combate deverá ser reforçado no Iraque e Kuwait. No campo de batalha do Iraque e nas salas do Pentágono, os comandantes militares discutiam ontem sobre uma campanha mais longa e difícil do que prevista uma semana atrás, diz o Post. Uma combinação de mau tempo, longos e inseguros caminhos para transporte de alimentos e combustíveis aos soldados e de um inimigo que recusa-se a render-se às forças norte-americanas levaram a uma ampla reavaliação das expectativas em relação a guerra pelos principais generais militares dos EUA, diz o Post. Enquanto alguns dos principais estrategistas de guerra continuam a defender a pressão pelo norte, muitos comandantes das Forças Armadas dos EUA acreditam que a desaceleração do avanço por terra dos soldados é crítica. Uma coluna relativamente pequena de forças encontra-se numa faixa estreita e a maior parte do principal poder de fogo do exército norte-americano nos helicópteros Apache está parado por causa do mau tempo ou por causa de danos. No oeste, os fuzileiros-navais foram freados pelas dificuldades no transporte de alimentos e combustível. A 3ª Divisão da Infantaria, que vem abrindo o caminho em direção a Bagdá e enfrentando a Guarda Republicana, corre risco de ficar sem alimentos e já encontra-se com pouca água, informa o jornal norte-americano. O Post diz ainda que, apesar das tentativas do porta-voz do Pentágono ontem de expressar aos jornalistas indicações de que tudo ocorre conforme o planejado, o próprio secretário do Estado, Colin Powell, fez questão de minimizar a sensação. A guerra "pode levar mais tempo e não sabemos quanto", disse Powell ontem em entrevista em uma rádio. Veja o especial:

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