General culpa líderes mundiais por genocídio em Ruanda

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Por Agencia Estado
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O comandante reformado das operações internacionais de manutenção de paz durante o genocídio em Ruanda declarou perante o Tribunal Penal de Crimes de Guerra que os líderes mundiais foram os responsáveis pela morte de mais de 500.000 pessoas, ao ignorarem o que estava acontecendo no país africano. O general canadense Romeo Dallaire disse à corte que ele podia fazer pouco para tentar conter o massacre porque seu mandato era limitado, a quantidade de tropas e armas era insuficiente para controlar a situação e seus pedidos por reforços foram seguidamente rejeitados. Ele mencionou especificamente Bélgica, Estados Unidos e França por falta de cooperação. "Não consegui obter deles as informações que requisitei." A Bélgica ordenou a retirada de seus mantenedores de paz - espinha dorsal daquela operação - pouco depois de soldados ruandeses terem matado dez militares belgas. Dallaire participou de acareação com Raphael Constant, um assessor do coronel Theoneste Bagosora, suposto mentor do genocídio que varreu Ruanda depois de o avião presidencial ter sido derrubado em 6 de abril de 1994. O massacre começou logo em seguida a esse episódio.

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