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General de Abu Ghraib diz que virou bode expiatório

Por Agencia Estado
Atualização:

A general americana que era responsável pela prisão Abu Ghraib no Iraque afirmou que a estão fazendo de bode expiatório no escândalo de abusos contra detidos, e relatou que seu sucessor certa vez lhe disse que os prisioneiros deveriam ser tratados "como cachorros". Numa entrevista à rádio BBC, a general Janis Karpinski denunciou que o major-general Geoffrey Miller - que era responsável pelo campo de detenção na Baía de Guantánamo e agora fiscaliza as prisões dos EUA no Iraque - disse, no final do ano passado, que prisioneiros "são como cães, e se você permite que eles acreditem por um instante que sejam algo mais do que cachorros, então você perdeu o controle". O tenente-coronel Barry Johnson, porta-voz das operações de detenção dos EUA no Iraque, garantiu que Miller "não fez tal comentário para a general Karpinski ou para qualquer outra pessoa". Karpinski foi suspensa no mês passado do comando da 800ª Brigada da Polícia Militar depois que ela e outros oficiais foram acusados de dar pouca atenção às operações do dia-a-dia da prisão e de não agir com a firmeza necessária para disciplinar os soldados. Karpinski considerou estar sendo um "conveniente bode expiatório" no escândalo. "A operação de interrogatório foi dirigida, estava sob um comando separado e não existia razão para eu sair olhando nas alas A ou B de Abu Ghraib ou visitar instalações de interrogatório", defendeu-se.

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