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General não garante vida de escudos humanos

Por Agencia Estado
Atualização:

As forças norte-americanas e aliadas não poderão garantir, no caso de uma guerra contra o Iraque, a segurança dos civis que pretendem se posicionar em alvos iraquianos como escudos humanos, disse o chefe do Comando Central dos Estados Unidos, general Tommy R. Franks, em entrevista à Associated Press. "Faremos o máximo para evitar a morte de não-combatentes, mas devo confessar que não teremos sucesso total nessa empreitada", admitiu. Franks está no Golfo Pérsico para reunir-se com os comandantes de terra, ar e mar e de operações especiais estacionados na Arábia Saudita, Bahrein e Kuwait e que se reportam a ele. Franks deverá retornar a seu quartel-general em Tampa, Flórida, no fim da semana. Franks também encontrou-se com o secretário de Defesa da Grã-Bretanha, Geoff Hoon. Numa entrevista coletiva concedida após a reunião entre os dois, Hoon alertou contra a tática de escudos humanos. O chefe do Comando Central norte-americano comentou ainda que os aviões de Estados Unidos e Grã-Bretanha que patrulham as chamadas "zonas de exclusão aérea" no norte e no sul do Iraque estão agindo cada vez mais contra forças terrestres iraquianas armadas com mísseis terra-terra, supostamente capazes de atingir o Kuwait ou a Turquia. Enquanto isso em Moscou, o presidente do conselho dos muftis da Rússia, Ravil Gainutdin, declarou que os fiéis muçulmanos de seu país estão prontos para defender o Iraque como voluntários, no caso de um ataque norte-americano. "Se as ações militares começarem, os fiéis muçulmanos começarão a partir rumo ao Iraque e nem sequer o líder da comunidade islâmica poderá detê-los", disse Gainutdin, segundo a agência de notícias ITAR-Tass.

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