Genro de Trump é suspeito de participação em esquema de lavagem de dinheiro 

A notícia do Washington Post faz crescer a suspeita de conluio entre o governo dos EUA e o alto escalão do governo russo

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Atualização:

WASHINGTON - O jornal Washington Post informou nesta segunda-feira, 26, que a empresa imobiliária de Jared Kushner, genro e principal assessor do presidente Donald Trump, recebeu um empréstimo de US$ 285 milhões ao Deutsche Bank um mês antes da eleição americana. A notícia faz crescer a suspeita de conluio entre o governo dos EUA e o alto escalão do governo russo.

Jared Kushner chamou a atenção de investigadores quando eles passaram a vasculhar as conexões do ex-conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn com autoridades russas Foto: AFP PHOTO / Thomas COEX

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Na época, o banco alemão negociava um acordo para se livrar de acusações de fraude em hipotecas e suspeitas de participação em um esquema de lavagem de dinheiro originado na Rússia. Kushner é alvo dos investigadores desde a revelação de que manteve encontros com o embaixador russo, Serguei Kislyak, nos quais discutiu a criação de uma canal secreto de comunicação entre a Casa Branca e o Kremlin.

Tanto Kushner quanto o banco se recusaram a comentar o caso. Em nota, a Casa Branca afirmou que Kushner “se afastará de qualquer questão na qual o Deutsche Bank estiver envolvido”. Empréstimos ao presidente e seus parentes são, desde o ano passado, alvo de investigações, e, de acordo com o Post, até o fim do ano passado, as empresas de Trump deviam cerca de US$ 364 milhões (R$ 1,2 bilhões) ao Deutsche Bank, que por sua vez, pagou uma multa de US$ 630 milhões (pouco mais de R$ 2 bilhões) em janeiro, por ter participado do esquema financeiro que pode ter lavado US$ 10 bilhões (R$ 32 bilhões) da Rússia. / REUTERS e W. POST 

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