PUBLICIDADE

Geórgia rechaça ultimato russo

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo georgiano conclamou Moscou a avitar "ações desconsideradas" que possam "desestabilizar a situação no Cáucaso", depois de um ultimato feito pelo Kremlin, que ameaçou intervir na Geórgia para combater os separatistas chechenos. Tblisi declarou que permitirá o ingresso na área conhecida como Garganta de Pankisi, que faz fronteira com a Chechênia, de inspetores russos, mas apenas no âmbito de uma missão internacional de especialistas sob a bandeira da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação Européia). Há dois dias, o presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou intervir na área em questão caso as autoridades georgianas não consigam resolver o problema dos "terroristas" chechenos que ali se encontram. Ontem, o Departamento de Estado dos EUA, desmentindo implicitamente as versões de um suposto sinal verde à uma intervenção russa na Geórgia em troca do apoio de Moscou a um ataque contra o Iraque, advertiu que os EUA são contrários a qualquer ação unilateral russa porque a "Geórgia não pode ser comparada com o Afeganistão". Um porta-voz do Departamento americano recordou, em defesa de Tblisi, que a Geórgia "mantém a luta contra o terrorismo internacional ativamente e já obteve importantes vitórias". O Ministério das Relações Exteriores da Geórgia, citado pela agência russa Itar-Tass, classificou como "uma ameaça de agressão" o ultimato de Putin, advertindo que uma ação militar não apenas "desestabilizaria a situação no Cáucaso", mas também causaria um "dano irreparável" às relação entre os dois países. O ministério sublinhou que está disposto a "manter sua cooperação na luta contra o terrorismo no quadro da coalizão global, incluindo a Rússia".

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.