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Governo ameaça usar a força para libertar sul-coreanos seqüestrados pelo Taleban

Caminho será inevitável se o diálogo falhar para a libertação dos 22 missionários, adverte um dos negociadores

Por Reuters
Atualização:

O governo do Afeganistão advertiu ontem que pode usar a força para libertar os 22 sul-coreanos mantidos como reféns pelo Taleban. Mediadores afegãos declararam que tentarão até a última instância resolver o seqüestro negociando pacificamente, mas, pela primeira vez, reconheceram que podem adotar outro tipo de ação. "Se o diálogo falhar, partiremos para outros meios", afirmou Munir Mangal, vice-ministro do Interior. Indagado se isso significava usar a força, ele respondeu: "Certamente." Mangal lidera a equipe governamental encarregada de tentar a libertação dos 22 missionários cristãos, mantidos em cativeiro desde o dia 19 - um deles foi morto na última quinta-feira. Em troca da liberdade dos sul-coreanos, o grupo radical islâmico exige a libertação de oito de seus integrantes presos pelas autoridades do Afeganistão. Caso contrário, ameaça executar todos os reféns. O Taleban não determinou um novo prazo para que suas exigências sejam cumpridas, apesar de o último ter vencido anteontem. Ontem, uma das 18 mulheres seqüestradas entre os 22 coreanos fez um apelo pelo celular de um membro do Taleban. "Estamos cansados e sendo deslocados o tempo todo de um lugar para outro. Somos mantidos separados e não sabemos o que acontece com os outros. Pedimos ao governo e ao Taleban que nos libertem", declarou à agência Reuters. Baek Jong-chun, principal conselheiro de segurança nacional da presidência da Coréia do Sul, está no Afeganistão para auxiliar nos trabalhos de libertação dos reféns. Enquanto isso, em Seul, a população protesta e acende velas nas ruas, orando pela soltura dos missionários.

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