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Governo brasileiro avalia reunião paralela ao G-20 para falar sobre Venezuela

Encontro, caso confirmado, deve ser comandado por Jair Bolsonaro e pelo primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau

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Por Renata Agostini
Atualização:

BRASÍLIA - O governo brasileiro avalia realizar uma reunião paralela ao G-20 para discutir a situação da Venezuela. O encontro está em negociação e ainda não entrou na agenda do presidente Jair Bolsonaro, mas é visto por parte da equipe do presidente como um dos possíveis destaques de sua agenda no Japão, que receberá a cúpula nesta semana.

Opositores venezuelanos participam de manifestação em Caracas Foto: REUTERS/Manaure Quintero

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A ideia é que o Brasil patrocine a reunião ao lado do Canadá, segundo uma fonte a par das tratativas. Se confirmado, o encontro seria então conduzido pelo próprio Jair Bolsonaro e por Justin Trudeau, primeiro-ministro canadense, mas teria a participação de outros países.

A reunião para abordar a crise na Venezuela ainda não está confirmada, mas outros encontros já estão previstos na agenda de Bolsonaro. Ele fará reuniões bilaterais com ao menos cinco chefes de Estado enquanto participa do G-20. Entre eles, Xi Jinping, presidente da China. 

Além do líder chinês, o presidente pretende se reunir individualmente com outros representantes dos Brics ­- bloco de países emergentes que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Já está marcado um encontro com Narendra Modi, primeiro-ministro indiano. Segundo um auxiliar, Bolsonaro pretende incluir ainda em sua agenda uma reunião com Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul. Até o momento, não foi feito pedido de encontro por parte de Vladimir Putin, presidente da Rússia.

A agenda do presidente será intensa durante os três dias no Japão. Além das atividades do G-20, Bolsonaro terá ainda encontro bilateral com o primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien-Loong, e com Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita. 

O príncipe é grande aliado do governo de Donald Trump, mas vem sofrendo pressão internacional após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, no ano passado. Segundo informações da imprensa americana, a CIA, agência de inteligência dos Estados Unidos, chegou a apontar Mohammed bin Salman como mandante do crime, que ocorreu no consulado saudita em Istambul.

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