
12 de novembro de 2011 | 10h18
Em uma última tentativa para evitar a paralisação, o conservador Francis Maude, um dos negociadores governamentais, indicou hoje ao "Financial Times" que o premiê David Cameron aceitaria fazer vista grossa a uma greve simbólica de 15 minutos em troca da suspensão da greve convocada de 24 horas.
"Aceitaríamos algum tipo de ato simbólico (...)", declarou Maude. No caso de uma greve curta, os funcionários manteriam intactos os seus rendimentos, enquanto que, uma paralisação que afete toda a jornada geraria um desconto proporcional, tal como determina a lei.
Maude indicou também que se os sindicatos não se esforçarem para chegar a um acordo sobre as pensões, correm o risco de encararem novas restrições da lei sobre greve, que já é muito restritiva no país desde a época da primeira-ministra conservadora Margaret Thatcher.
Vários políticos conservadores, incluindo o prefeito de Londres, Boris Johnson, já pediram uma alteração na legislação que proíba a greve se esta não for aprovada em uma votação com participação de pelo mais de 50% da categoria. Atualmente, se considera aprovada uma paralisação quando mais de 50% dos trabalhadores presentes na votação respaldam o movimento, independentemente das estatísticas sobre o número de participantes da assembleia.
Para destravar as negociações sobre as aposentadorias, o governo conservador liberal democrata fez este mês uma nova oferta que prevê que a idade de aposentadoria de 67 anos não afete os funcionários que se aposentarem na próxima década, que também poderiam manter sem variações o valor total de seus proventos da época em que estavam na ativa.
Também propôs elevar o limite de contribuições estatais e melhorar a proporção que prevê aumento das aposentadorias anualmente.
No entanto, os sindicatos têm lamentado que a oferta não engloba aspectos que consideram relevantes, como a protelação da idade de aposentadoria e o aumento obrigatório das contribuições dos servidores para o sistema. As informações são da Associated Press.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.