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Governo Bush exagerou ameaça do Iraque, diz fundação

Por Agencia Estado
Atualização:

A Fundação Carnegie pela Paz Internacional, um dos mas influentes centro de estudos internacionais dos EUA, acusou Washington de ter "sistematicamente" deformado e exagerado a ameaça das supostas armas de destruição em massa iraquianas - a principal alegação da administração de George W. Bush para invadir o Iraque. Ao mesmo tempo, de acordo com The New York Times, o governo americano está retirando do Iraque um grupo encarregado de buscar as armas proibidas, no que poderia ser uma indicação de que suas esperanças de encontrar arsenais ilegais já não são muito grandes. O relatório demorou seis meses para ser feito e constata que, após a queda do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, não se encontrou nenhum indício dos arsenais nuclear, químico ou biológico, apesar dos intensos esforços de busca, nem se conseguiu nenhuma evidência sólida que comprovasse as acusações de ligação entre Bagdá e a Al-Qaeda. "Os programas de armas de destruição em massa do Iraque representavam uma ameaça a longo prazo que não podia ser ignorada. Mas não uma ameaça imediata para os EUA, a região ou a segurança mundial", acrescenta o documento. A Fundação Carnegie também acusa Washington de ter feito "uma apresentação inexata" dos esforços dos inspetores da ONU que atuaram no Iraque antes do início do conflito, afirmando que a atividade das Nações Unidas na inspeção das armas "foi mais bem-sucedida do que se reconhecia antes da guerra".

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