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Governo chinês condena massacre em petrolífera na Etiópia

China pediu ao governo etíope que tome medidas concretas e efetivas para garantir a segurança pessoal e material das agências e cidadãos chineses no país

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo chinês condenou nesta quarta-feira, 25, energicamente o ataque às instalações de uma petrolífera chinesa na Etiópia, no qual morreram 65 trabalhadores etíopes e nove chineses, informou a agência oficial de notícias, Xinhua. Outros sete trabalhadores chineses e vários etíopes foram seqüestrados no violento ataque. Cerca de 200 homens armados invadiram as instalações da Sinopec em Abole, uma pequena localidade na região de Ogaden. "O governo chinês condena categoricamente o ataque armado atroz, sente pesar pelas vítimas chinesas e etíopes, e expressa suas profundas condolências a suas famílias e aos que ficaram feridos no ataque", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Liu Jianchao. O porta-voz informou que os ministérios de Relações Exteriores e de Comércio, a embaixada chinesa na Etiópia e a companhia petrolífera estatal Sinopec formaram uma equipe de emergência. A China pediu à Etiópia que tome medidas concretas e efetivas para garantir a segurança pessoal e material das agências chinesas no país, e que ajude a resolver os problemas, acrescentou Liu. O governo etíope enviou reforços armados ao local do ataque, que aconteceu às 6 horas (0 hora de Brasília) de terça-feira, segundo a Xinhua. Segundo declarou um alto funcionário etíope, o governo culpa os rebeldes da Frente Nacional de Libertação de Ogaden. O grupo, cujos membros são de etnia somali e lutam para se emancipar da Etiópia, descreveu o incidente como uma "operação militar dirigida contra os soldados do Exército etíope" que protegiam as instalações, segundo um comunicado enviado à imprensa local. Os rebeldes avisaram no ano passado que não aceitariam a presença de empresas indianas e chinesas em Ogaden para explorar jazidas de hidrocarbonetos.

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