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Governo chinês restringe exibição do filme Avatar

Por AE
Atualização:

Autoridades chinesas determinaram hoje a suspensão de exibições do filme Avatar em várias salas de cinema do país, segundo informou reportagem do "Wall Street Journal". A restrição das exibições teria sido motivada pela estreia de uma biografia do filósofo Confúcio, prevista para quinta-feira, e que tem patrocínio do governo chinês, disseram funcionários da indústria cinematográfica.Um funcionário da China Stellar Film Co. disse que a distribuidora recebeu hoje um "comunicado urgente" da China Film Group, empresa estatal que distribui filmes no país. O comunicado ordenava à China Stellar que pare de exibir versões do Avatar em duas dimensões (2D).O funcionário disse que cópias em três dimensões (3D) e versões da IMAX Corp. do filme ainda serão exibidas. A China tem aproximadamente 800 telas IMAX e 3D, em comparação a 4.500 telas normais em 2D. O China Film Group recusou-se a fazer comentários.Avatar na ChinaO filme Avatar vendeu cerca de US$ 44 milhões em ingressos na semana após a estreia em 4 de janeiro, na China. A reportagem afirma que a soma total quase dobrou para US$ 81 milhões até anteontem. Isso tornaria o filme o mais vendido na história cinematográfica chinesa. Avatar foi financiado e produzido pela 20th Century Fox, uma unidade da News Corporation, que também publica o "Wall Street" Journal e a "Dow Jones".A China limita de maneira abrangente a exibição de filmes estrangeiros e apenas permite a exibição de 20 por ano. Os filmes estrangeiros também não podem ser exibidos durante os feriados nacionais mais importantes, como o Ano Novo chinês, que está próximo, quando as salas são muito procuradas.Por vezes, as autoridades suspendem a exibição dos filmes quando julgam que a fita já faturou o suficiente ou quando os temas dos filmes conflitam com filmes patrocinados pelo governo.Avatar pelo mundoAlguns analistas também sugeriram que Avatar pode ter sido restrito na China por razões políticas. O filme virou uma espécie de teste de interpretação para as plateias ao redor do mundo.Os israelenses, por exemplo, viram a produção como uma alegoria da fundação do seu país, e os manifestantes anti globalização, como uma parábola da luta contra as corporações.Alguns chineses viram o filme como um símbolo do quanto os incorporadores imobiliários e construtores são vorazes ao expulsar pessoas comuns das suas casas.As informações são da Dow Jones.

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